Alice Lumi


Alice Lumi Satomi e o Tai Chi na Paraíba






A professora Alice Satomi iniciou o T’aichi-chuan em 1980, com o mestre Liu Pai Lin. Em 1990 fez o curso de acupuntura, com Liu Chih Ming, no Instituto Pai Lin. Entre 2005 e 2012 frequentou a academia do mestre Shioda, discípulo do mestre Liu (São Paulo). Entre 2009 e 2010 frequentou aulas do mestre Li Chang Duo (pós-doutorado em Bruxelas). Desde 1991 transmite a técnica em João Pessoa, principalmente na UFPB, onde ensina Educação Musical, Etnomusicologia e coordena o Projeto de Extensão Cultura Oriental. Alice costuma ser convidada para ministrar aulas ou palestras em outros departamentos da UFPB, centros holísticos e terapêuticos. Também faz participações em mini-cursos e programas de saúde e qualidade de vida (Encontro para a Nova Consciência, SESC, Banco do Brasil, Festivais do Japão na Paraíba), além de congressos de música realizados no Brasil e exterior.




Tai-chi Pai Lin – alquimia de um movimento (para espíritos livres)


Carlos Fernandes - Decom - UFPB



O contato com as coisas que os orientais trouxeram para as terras brasileiras tem contribuído para o incremento de nossa percepção do mundo e da vida. Passadas algumas décadas desse fluxo interessante, observa-se que são incontáveis os elementos culturais do extremo oriente que ganham atenção e relevância nas mais diferentes áreas.
Nesse sentido, os delicados movimentos da arte do tai-chi chuan e os segredos da medicina tradicional chinesa têm despertado atenção e ganhado o foco de vários ambientes. Um dos introdutores dessas práticas no Brasil foi o mestre chinês Liu Pai Lin (1907-2000), que viveu e lecionou em São Paulo desde a segunda metade dos anos 70, criou uma escola e propagou esse conhecimento entre nós, alternando os exercícios físicos com pérolas extraídas do pensamento taoísta.

Difusor do estilo yang dessa tradicional arte, Liu Pai Lin foi um mestre no sentido oriental e profundo da palavra, tendo formado inúmeros discípulos, distribuído conhecimentos com ternura e vigor e propagado essa espécie de “alquimia do movimento” em solo brasileiro com o objetivo de que seus praticantes pudessem gozar de saúde e longevidade – foi um legítimo sensei, se pensarmos numa palavra ao gosto do oriente para traduzir o desafio que abraçou.

Considero, pois, um privilégio que na capital paraibana possamos travar contato com os ensinamentos do tai-chi chuan, notadamente aqueles elementos do estilo yang lecionados à maneira do mestre Liu Pai Lin. Descendente de japoneses, discípula e aluna do mestre chinês em SP, Alice Satomi difunde essa prática há três décadas em João Pessoa.

Por seu contato in loco com as coisas do oriente, através de um percurso extenso e uma rota de viagens culturais e estudos que incluiu a China e o Japão, a professora tem respirado a atmosfera impregnada na rica tradição do tai-chi chuan, recolhendo alguns dos segredos dessa arte que trabalha o equilíbrio do ser humano através de exercícios que imitam os movimentos de animais e plantas, numa tentativa de aproximação com a natureza. Não custa lembrar o fato de que na cultura chinesa o ato de imitar tem um sentido de homenagem e admiração, diferentemente do que o senso comum ocidental consagrou. Que possamos, portanto, realizar esse mergulho no acervo da natureza com um espírito livre e vivificador de energias.





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